Aflitos,
Afogados e
cães de rua
ilhados pelo leite bom
pelo
leite mau
Coca-cola, Barro
e pela enchente
concretos
andando fora da Linha do tiro
dormindo sobre o chão de estrelas
e fritando sob o sol de satã
se jogando na rebentação das ondas
se arrebentando nos dentes pontiagudos
de tubarões
vivendo de Prazeres
(tem Piedade senhora, Piedade)
agora eu vou a cabo,
tentei ser sua Pontezinha sobre águas turbulentas
de um Rio doce
Sua jangada nas ondas
do mar salgado
mas parti
e numa fila de acidentados e doentes
eu ainda espero restauração
parada no ponto de ônibus
me sento e fumo 1 Derby
até o filtro
esgoto a chama
esgoto a fumaça
esgoto a céu aberto
ferida aberta e suja
o seu cheiro me ofende as narinas
ela bóia como um pneu
essa aqui é uma flor do mal
grande lírio branco boiando
Ofélia do Capibaribe
galinha d’água
que canta canções de amor da jovem louca
sob céu que nos protege
e que ameaça tombar
assim que eu fechar os olhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário