Quem vem pra beira do mar, vem pra beira do mundo. Quem sobe sem rumo no barco e caminha sobre as tábuas gastas, e hasteia a bandeira branca ao sabor do tempo, e hasteia a vela que leva para coordenadas distantes: horas de um tempo menos elétrico, horas de um tempo suspenso. Antes que o céu desabasse. Antes que o vento cantasse. Antes de olhar no olho do raio do ciclone.
Quem enfim fica a salvo mesmo no mais hostil segundo. mesmo corroídos os ferros da sua estrutura. É difícil, mas quem permanece de pé mesmo que envergado coqueiro, mesmo que escombros desertos conhece o ditado:
É preciso esgotar o porão e evitar o naufrágio.
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