2020 – com minha carteira de embarque em mãos procuro o navio que devo abordar. - Senhor... Oi, desculpe... foi engano. Agora paro, agora presa, o navio desmancha, o ferro-velho. Afundo em pensamentos. Ciclone bomba. Rodízio de naufrágios de escunas. Foi a vez do Galeão. Agora vivo na ilha e também de frente pra ilha. Terra à vista. Mar à vista. Tudo no olho. Dentro do olho. Turbina, hélice, meu olho gira pra dentro. Contorções de olho que quer ver o futuro. Sede de futuro no olho. Cuidado com a sede. Secura do olho. Cuidado com a sede. Cuidado para não beber passado de novo. Copo americano.
quarta-feira, 10 de março de 2021
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canção da concha
A cada lambida salgada, granulada e fria que o mar dá na areia, se movimentam as conchas. Pedaços de cálcio rolando, indo e vindo, sendo re...
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Tudo o que reluz é anzol
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Está tudo normal Como sempre, indo mal Eu tinha nome Depois um número Hoje Só sombra Da árvore, Nem sombra Da história, Nem sombra Os r...
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hasteio a bandeira branca iço o ferro continuo navegando ao redor do buraco traço o rumo: a beira do mundo cada copo americano uma tempesta...
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